terça-feira, 29 de março de 2011

-



E o sonho de ser livre parece que escorrega pelas mãos a cada segundo que passa nesse relógio que parece nunca cansar de trabalhar.

Me falta força, força de bater as asas,

Mas que asas? Se nem ao menos me dou o trabalho de aprender a voar?

Desejo, desejo sobra nesse corpo insaciável, que transpira desesperadamente de frente a um ventilador que nem lhe faz bagunçar os cabelos,

Cabelos que nem mostram vida, o brilho também se foi,

O brilho do sol, que pode ate alcançar aos cinqüenta graus, mas lhe falta luz,

Não aquela que lhe cega os olhos, mas aquela que ilumina seu caminho,

Aquele caminho que antes era cheio de rosas, hoje se transformou em uma estrada barrenta,

Sem pasto ao redor,

Sem as intensas flores coloridas que traziam consigo as borboletas,

Que dançavam a canção que o vento soprava,

O sopro, que vinha acompanhado com os cantos dos passarinhos voando a céu aberto sem limite de pouso,

E aquelas nuvens, que coloria o infinito que chamamos de céu,

Agora se espalham e não fazem contraste com o azulado do telhado universal,

Mas a esperança dessas inocentes criaturas é a única coisa que tem de concreto por aqui,

Porque pelo que vejo,

Ate as minhas mãos andam gastas,

Isso quer dizer que estou virando pó aos poucos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário